segunda-feira, 25 de maio de 2009

A nossa mensagem...




CONTRARIAR O ESTIGMA PASSA POR TODOS NÓS!!!



Adopte outra atitude face às Perturbações Mentais*

domingo, 24 de maio de 2009

O consumo de Substâncias Psicoactivas













O consumo de substâncias psicoactivas*(álcool, tabaco, calmantes, café, anti-depressivos, cannabis, etc), podem por si só provocar perturbações psíquicas ou então ajudar a precipitar uma perturbação mental para a qual a pessoa já tinha uma predisposição ou seja, pode fazer com que esta se manifeste mais cedo ou de uma forma mais grave.




*qualquer substância que tenha a capacidade de produzir um estado de dependência e estimulação ou depressão do sistema nervoso central, resultante de alucinações ou distúrbios nas funções motoras, cerebrais, comportamentais ou na percepção.


(fonte: informação retirada da entrevista que realizamos ao Dr. Rui Seco - Psicólogo)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

A Criminalidade/Violência está associada às Perturbações Mentais?




J.Manahan nos seus estudos concluiu que a ideia das doenças mentais estarem ligadas à violência tem sido constante e universal a nível histórico e cultural, o que tem gerado um estigma contra os sujeitos que têm doenças mentais, dificultando a sua reintegração.


A expressão doença mental deveria ser usada correctamente, quando referente a quadros de alterações psíquicas qualitativas, como o caso das doenças afectivas e as alterações quantitativas que correspondem a desvios extremos, como os transtornos de personalidade, deveriam ser consideradas extremos de um contínuo e não doenças.


A nível da psicopatologia a maioria das pesquisas realizadas na última década não encontraram uma associação entre doença mental e o risco de cometer crimes de violência, ou apenas encontraram uma associação estatisticamente não significativa.


Os efeitos do álcool e drogas estão associados à violência, assim como os portadores de Transtorno de Personalidade Anti-Social, mas estes estão apenas mais propensos ao crime, nem sempre são violentos e agressivos. A maior parte das pesquisas não encontraram qualquer associação entre violência e doentes mentais sem abuso de substâncias. Os indivíduos com abuso de álcool e drogas têm duas vezes mais risco de violência do que pacientes esquizofrénicos sem esse abuso. O maior risco de violência é a combinação de personalidade anti-social com o abuso de álcool e/ou drogas.


A tendência a agressão e a violência podem ser recebidos como traços de personalidade, como respostas apreendidas no ambiente, como reflexos estereotipados de determinados tipos de pessoas ou até como manifestações psicopáticas.



Houve vários estudos ao longo da história relacionando os doentes mentais com o risco a cometer crimes violentos, em relação à população em geral, que serão relatados seguidamente.


H.Haefner e W.Boeker (Alemanha) entre 1955-1964, constataram que “não havia excesso de doentes mentais de entre os criminosos violentos” e que inclusive as doenças mentais até retardavam a expressão do acto de violência. Realizaram um estudo sobre crimes de violência e distúrbios mentais e concluíram que só 2,97% dos criminosos sofriam de problemas mentais e que os doentes mentais que sofriam de esquizofrenia tinham a probabilidade de 0,05% de se tornarem criminosos violentos (5 agressores em 10 000 esquizofrénicos) e os que sofriam de psicose afectiva de 0,006% (6 violentos em 100 000 portadores de psicose afectiva). Concluíram que o número de crimes violentos cometidos por doentes mentais é qualitativamente proporcional ao número que são cometidos pela população geral. O suicídio reduz ainda mais a possibilidade de agressão a terceiros.


Estudos realizados pelo “National Institute of Mental Health” (EUA) em 1997, não encontraram nenhuma associação significativa entre doentes mentais e a criminalidade. No entanto reconheceram que o abuso de substâncias tóxicas e a presença do transtorno de personalidade anti-social associa-se à violência, pois as características de ambos propiciam a violência.


Estudos de H.Steadmen (New York) em 1998, não encontram “diferença na prevalência da violência em doentes mentais saem abuso de substâncias”. Segundo J.W.Swanson o maior risco de violência vem da combinação de abuso de substâncias ilícitas com transtorno de personalidade anti-social.


Noutro estudo sobre doença mental e crimes realizado em 1996 por Hodgins (Dinamarca), em indivíduos nascidos entre 1944 e 1947, cerca de 360 000 indivíduos, constatou-se que havia “uma maior frequência de crimes de violência em pacientes que tinham sido hospitalizados do que em indivíduos sem internações psiquiátricas”. No entanto estes dados são sobrevalorizados se pensarmos, por exemplo, no caso da Dinamarca que tem uma assistência psiquiátrica exemplar, logo os pacientes passam a maior parte da sua vida fora do hospital, à excepção de casos mais graves. J.Monahan e H.J. Steadman em 1983 mostraram que “os pacientes com comportamento agressivo têm maior probabilidade de serem hospitalizados”. Logo, no estudo da Dinamarca o critério de selecção baseado dos registos hospitalares, já seleccionou antes uma amostra de pacientes mais agressivos.


Os estudos realizados apontam para a não relação de doenças mentais e crimes de violência, por isso a associação entre doença mental e violência não tem razão de ser, se pensarmos que um indivíduo psicótico pode tornar-se agressivo na presença de álcool, assim como os que não o são.



Psiquiatria Forense


Psiquiatria forense ou legal - estudo dos problemas psiquiátricos envolvidos em causas legais. Devido às perturbaçoes mentais levarem a alterações na conduta das pessoas, sua forma de relacionar, reagir e muitas vezes estas trazem problemas legais para as pessoas que as possuem.



"A psiquiatria forense avalia as seguintes alterações:


- Responsabilidade penal
Se o criminoso for considerado doente mental terá um encaminhamento diferente perante a justiça, mesmo que o indivíduo não seja considerado um doente mental, mas tenha um grave transtorno de conduta (pedofilia, sociopatia) também poderá ser avaliado por um psiquiatra forense.


- Capacidade civil
Avaliar se o indivíduo está em pleno gozo de suas faculdades mentais para a vida civil. Se tiver alguma doença mental pode perder parcialmente ou totalmente esses direitos. Isso é avaliado mediante perícia feita pelo psiquiatra forense.


- Posse e guarda de filho menor
Quando há alguma dúvida sobre a presença de doença mental, caberá ao psiquiatra legal fazer a perícia para que o juiz possa resolver a questão."


(fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1724025-psiquiatria-forense/)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre a Psicopatia...



-Ninguém nasce psicopata, apenas com tendências ou não para a psicopatia.


-Nem todos os psicopatas cometem maldades. Os psicopatas podem ter comportamentos por vezes perversos, prejudicando outros, mas sem essa intenção. Os psicopatas sádicos são mais perigosos, pois sentem felicidade com a dor dos outros.


-O ambiente influência a constituição de uma personalidade psicopata, mas não é só, quando nascemos não somos como páginas em branco! - “Hoje sabemos que, ainda que vivêssemos uma utopia social, haveria psicopatas” (Robert Hare).


-Não há sinais que indiquem que uma criança se transformará necessariamente num psicopata, mas pode-se verificar quando algo não está bem – “se ela age de modo cruel com outras crianças e animais, mente olhando nos olhos e não tem remorso, isso sinaliza um comportamento problemático futuro” (Robert Hare). Os pais apenas podem interferir neste processo atenuando este, com um ambiente com influências positivas ou piorando este, se maltratarem os filhos, uma vez que os traços de personalidade não podem ser apagados, só atenuados.


-Será que os psicopatas têm consciência que são diferentes? Do ponto de vista do intelectual, este até pode saber que certo comportamento é censurável, no entanto do ponto de vista emocional “não percebe o quão errado é quebrar aquela regra”. - “O psicopata é como um gato, que não pensa no que o rato sente. Ele só pensa em comida. A vantagem do rato sobre as vítimas do psicopata é que ele sempre sabe quem é o gato” (Robert Hare).


-Um psicopata parecer um sujeito normal, não é?...mas após conhece-lo melhor, constatamos que é um indivíduo problemático, mente sistematicamente, tem uma grande capacidade de manipulação e ao ser apanhado a fazer algo de errado tenta convencer todos que está a ser mal interpretado.


-O psicopata sente amor, mas não o sente como nós – “Um psicopata ama alguém da mesma forma como eu, digamos, amo o meu carro – e não da forma como eu amo a minha mulher. Usa o termo amor, mas não o sente da maneira como nós entendemos. Em geral, é um sentimento de posse, de propriedade” (Robert Hare).


-A psicopatia é incurável por meio de terapias tradicionais, como o modelo-padrão de atendimento das prisões, em que o psicopata é colocado no lugar das suas vítimas para tentar mudar a sua maneira de pensar e agir, o que não sortia efeito sobre este porque este não tem em conta a dor da vítima mas apenas a sua própria satisfação. O tratamento cognitivo também não funciona, pois fala-se sobre o que deixa o paciente com raiva e este não consegue ver nada de errado com o seu comportamento.


-Os psicopatas vão para a prisão e não para uma instituição psiquiátrica porque estes não têm remorsos dos seus actos e não aprendem com a punição, por isso é que esta patologia não torna o doente inimputável (pessoa sem capacidade de entendimento para avaliar as consequências dos seus actos e decidir sobre a sua prática), portanto estes doentes quando têm de cumprir uma pena, cumprem-na na prisão.


(fonte: http://veja.abril.com.br/010409/entrevista.shtml e informações recolhidas da entrevista que realizamos a um psiquiatra)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Psicologia e a Agressão





Agressão é um comportamento que visa a causar danos físicos ou psicológicos a uma pessoa ou pessoas e que reflecte intenção em destruir.




As diversas formas de agressão:


Tipos de agressão quanto à intenção do sujeito:

- Agressão hostil: tipo de agressão emocional e geralmente impulsiva. É um comportamento que visa causar danos ao outro, independentemente de qualquer vantagem que possa obter.

Exemplo: Um condutor bate propositadamente na traseira do automóvel que o ultrapassou.

- Agressão instrumental: tipo de agressão que visa a um objectivo, que tem por fim conseguir algo independentemente do dano que possa causar. Normalmente é planeada e não impulsiva.

Exemplo: Num assalto a finalidade é obter o dinheiro, a agressão que possa surgir é subproduto da acção.


Tipos de agressão quanto ao alvo:

- Agressão directa: o comportamento agressivo dirige-se à pessoa ou ao objecto que justifica a agressão.

Exemplo: A criança agride o colega que lhe tirou o brinquedo.

- Agressão deslocada: o sujeito dirige a agressão a um alvo que não é responsável pela causa que lhe deu origem.

Exemplo: a educadora está presente e não pode agredir o colega que lhe tirou o brinquedo, dá um pontapé na parede.

- Auto-agressão: o sujeito desloca a agressão para si próprio.

Exemplo: Os pais recusam um brinquedo ao filho e este não almoça.


Tipos de agressão quanto à forma de expressão:

- Agressão aberta: pode-se manifestar pela violência física ou psicológica, é explícita.

Exemplos: espancamento, humilhação, ataque à auto-estima.

- Agressão dissimulada: recorre a meios não abertos para agredir.

Exemplos: Sarcasmo e cinismo.

- Agressão inibida: O sujeito não manifesta agressão para o outro, mas dirigia-a contra si próprio.

Exemplo: sentimento de rancor.



A Origem da agressividade:


Concepção de Freud:

A agressão teria origem numa pulsão inata, a pulsão da morte. Os comportamentos agressivos seriam explicados por uma disposição instintiva e primitiva do ser humano. Segundo este a agressividade teria uma origem biológica. Seria uma energia que tem de ser descarregada e uma das principais funções da socialização e das regras de organização social é tentar reprimir esta pulsão destrutiva.


Concepção de Lorenz:

A agressividade humana estava programada geneticamente, sendo desencadeada em determinadas situações.

O ser humano não teria os mecanismos reguladores de agressividade como os animais, o que explicaria as guerras.


Concepção de Bandura:

O comportamento agressivo era apreendido por observação e imitação de modelos. A criança, no seu processo de socialização, imitaria comportamentos dos modelos, como dos pais, dos professores e dos pares, incluindo os comportamentos agressivos (Aprendizagem Social/Modelação).



Factores que induzem à agressão:

- Mecanismos Biológicos;

- Álcool;

- Temperatura muito elevada;

- O nível de agressividade varia de cultura para cultura.



(fonte: MONTEIRO, Manuela, FERREIRA, Pedro. (2008) “Ser humano – 1ª Parte, Psicologia 12º ano”. 1ª Edição, Porto Editora.)