segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre a Psicopatia...



-Ninguém nasce psicopata, apenas com tendências ou não para a psicopatia.


-Nem todos os psicopatas cometem maldades. Os psicopatas podem ter comportamentos por vezes perversos, prejudicando outros, mas sem essa intenção. Os psicopatas sádicos são mais perigosos, pois sentem felicidade com a dor dos outros.


-O ambiente influência a constituição de uma personalidade psicopata, mas não é só, quando nascemos não somos como páginas em branco! - “Hoje sabemos que, ainda que vivêssemos uma utopia social, haveria psicopatas” (Robert Hare).


-Não há sinais que indiquem que uma criança se transformará necessariamente num psicopata, mas pode-se verificar quando algo não está bem – “se ela age de modo cruel com outras crianças e animais, mente olhando nos olhos e não tem remorso, isso sinaliza um comportamento problemático futuro” (Robert Hare). Os pais apenas podem interferir neste processo atenuando este, com um ambiente com influências positivas ou piorando este, se maltratarem os filhos, uma vez que os traços de personalidade não podem ser apagados, só atenuados.


-Será que os psicopatas têm consciência que são diferentes? Do ponto de vista do intelectual, este até pode saber que certo comportamento é censurável, no entanto do ponto de vista emocional “não percebe o quão errado é quebrar aquela regra”. - “O psicopata é como um gato, que não pensa no que o rato sente. Ele só pensa em comida. A vantagem do rato sobre as vítimas do psicopata é que ele sempre sabe quem é o gato” (Robert Hare).


-Um psicopata parecer um sujeito normal, não é?...mas após conhece-lo melhor, constatamos que é um indivíduo problemático, mente sistematicamente, tem uma grande capacidade de manipulação e ao ser apanhado a fazer algo de errado tenta convencer todos que está a ser mal interpretado.


-O psicopata sente amor, mas não o sente como nós – “Um psicopata ama alguém da mesma forma como eu, digamos, amo o meu carro – e não da forma como eu amo a minha mulher. Usa o termo amor, mas não o sente da maneira como nós entendemos. Em geral, é um sentimento de posse, de propriedade” (Robert Hare).


-A psicopatia é incurável por meio de terapias tradicionais, como o modelo-padrão de atendimento das prisões, em que o psicopata é colocado no lugar das suas vítimas para tentar mudar a sua maneira de pensar e agir, o que não sortia efeito sobre este porque este não tem em conta a dor da vítima mas apenas a sua própria satisfação. O tratamento cognitivo também não funciona, pois fala-se sobre o que deixa o paciente com raiva e este não consegue ver nada de errado com o seu comportamento.


-Os psicopatas vão para a prisão e não para uma instituição psiquiátrica porque estes não têm remorsos dos seus actos e não aprendem com a punição, por isso é que esta patologia não torna o doente inimputável (pessoa sem capacidade de entendimento para avaliar as consequências dos seus actos e decidir sobre a sua prática), portanto estes doentes quando têm de cumprir uma pena, cumprem-na na prisão.


(fonte: http://veja.abril.com.br/010409/entrevista.shtml e informações recolhidas da entrevista que realizamos a um psiquiatra)

Sem comentários:

Enviar um comentário